domingo, 5 de dezembro de 2010

Reflita ...

   "Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento. Seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores.
   Ao chegar lá, o urso foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou uma panela enorme de comida.
   Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda a sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo.
   Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da tina. Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela ecostava.
   O urso nunca havia experimentado aquela  sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como se fosse algo que quisesse lhe tirar a comida.
   Começou a urrar muito alto. E, quanto mais rugia, mais apertava a panela.
   Quando os caçadores voltaram ao acampamento, encontraram o urso encostado a uma árvore, segurando a tina de comida.
   O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.
   
   Em nossa vida, por muitas vezes, nos prendemos a certas situações ou pessoas que julgamos ser importantes. Algumas delas nos machucam, nos queimam por dentro e por fora, e mesmo assim, nos apegamos a elas. Temos medos de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento e desespero. Abraçamos essas dores contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto defendemos.
   Para que tudo dê certo na vida é necessário que se reconheça, em certos momentos, que o que nos parece tão importante para nossa sobrevivência e felicidade é justamente o que nos faz sofrer e até nos destrói.
   Tenha coragem e a percepção que o urso não teve. Tire do seu caminho tudo que faz seu coração arder de dor. Solte a panela"  

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